As últimas notícias do cometa Ison são as piores possíveis.
Segundo o astrônomo colombiano Ignacio Ferrín, o astro mostra todos os
sinais de uma desintegração iminente. Caso isso aconteça mesmo, diga
adeus ao espetáculo.

Segundo o especialista em cometas da Universidade de Antióquia, o até
então festejado “cometa do século” subiu no telhado e pode muito bem
desaparecer por completo nas próximas semanas, antes mesmo de fazer sua
aproximação máxima do Sol, em 28 de novembro.
Não é de hoje que Ferrín tem jogado água na fervura dos fãs do Ison.
Em junho, ele já apontava a pouca variação de brilho do cometa para
argumentar que o objeto devia ter pouco material volátil e não se
tornaria o espetáculo que todos esperavam.
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Imagem do cometa Ison obtida pelo astrônomo amador Damian Peach no dia 24 de setembro |
Contudo, nada sugeria algo tão dramático quanto o que ele agora
sugere. Ao comparar a curva de luz do cometa (ou seja, a análise do
brilho que emana dele), Ferrín constatou que ele tem um padrão incomum.
“Quando vi essa assinatura, fui imediatamente à minha base de dados de
curvas de luz de cometas e encontrei dois objetos que também
apresentavam essa assinatura: o cometa C/1996 Q1 Tabur e o cometa C/2002
O4 Hönig”, afirmou o colombiano em comunicado. “Para minha surpresa,
esses dois cometas desapareceram simplesmente desligando ou
desintegrando.”
O astrônomo diz que, em algumas semanas, o destino do Ison deva ser
selado, e não há hipótese de que ele seja outro que não um triste e
discreto fim. Caso sua previsão se concretize, o cometa nem deve chegar a
se tornar visível a olho nu, o que será frustrante para quem tem
aguardado ansiosamente a passagem desse objeto.
O Mensageiro Sideral se inclui na lista dos
chateados, mas segue na torcida para que o Ison — cujo comportamento até
agora tem sido sem igual na história da pesquisa cometária — nos
surpreenda novamente.
Fonte: Mensageiro Sideral
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