Desde o início da pandemia de Covid-19, o uso de plasma de pessoas que já se infectaram (chamado plasma convalescente) surgiu como um tratamento promissor contra a doença. De lá para cá, diversos estudos foram iniciados ao redor do mundo – incluindo o Brasil – para avaliar a eficácia da terapia. No mais recente deles, pesquisadores da Mayo Clinic, nos Estados Unidos, concluíram que o uso precoce de plasma de pessoas recuperadas da Covid-19 em pacientes hospitalizados reduz a mortalidade pela doença.
“Há sinal de eficácia e benefício para o uso de plasma com alto nível de anticorpo, mas isso ainda precisa ser revisado por outros especialistas”, disse Scott Wright, um dos pesquisadores da Mayo Clinic. Os resultados foram publicados recentemente na plataforma medRxiv, que reúne artigos antes de sua publicação em revistas científicas, e ainda precisa ser revisado por pares.
Os pesquisadores analisaram dados de 35.322 pacientes que participaram do programa nacional de acesso expandido para plasma convalescente, em diversos hospitais nos Estados Unidos. “Antes de receberem o tratamento, os pacientes assinam um formulário de consentimento afirmando que estão cientes dos riscos potenciais e da possibilidade que o plasma pode ou não ajuda-los”, disse a VEJA Scott Wright, um dos pesquisadores da Mayo Clinic.