Garibaldi Alves Filho aparece como membro do time de confiança de Dilma Rousseff

Passado
o prazo de desincompatibilização de ministros para disputar as eleições
municipais de outubro, a presidente Dilma Rousseff começa a definir o
seu time oficial para conduzir os projetos estratégicos de seu governo. A
escalação faz com que, dentro da tática de ataque do 4-3-3, cada um
conheça bem suas atribuições na equipe. Além dos titulares de confiança,
aparece o ministro Garibalde Alves Filho, que assume a pasta da
previdência, como único peemedebista na linha de frente.
O
ministro Guido Mantega, embora tenha andado na berlinda por conta das
denúncias de corrupção na Casa da Moeda, ainda é um dos que mais gozam
da confiança de Dilma. Os laços entre os dois são tão sólidos que, no
dia em que o homem forte da economia depôs na Comissão de Assuntos
Econômicos do Senado, a presidente foi pessoalmente ao Congresso para
uma sessão em homenagem às mulheres. O ministro é o goleiro do time,
responsável por não deixar passar nenhum descontrole da inflação ou
derrapada no Produto Interno Bruto (PIB).
No miolo de zaga, estão
a dupla de xerifes Ideli Salvatti, da Secretaria de Relações
Institucionais, e Gleisi Hoffmann, da Casa Civil. Especialmente para o
Congresso, Ideli se tornou uma zagueira clássica, distribuindo botinadas
nos parlamentares que reclamam da falta de emendas e cargos no governo
federal. Gleisi é mais discreta, tem tom de voz mais baixo, mas quem a
conhece de perto sabe que ela é capaz de espanar a bola nos momentos em
que o time estiver acuado.
Antonio Patriota, das Relações
Exteriores, foi puxado para a lateral direita, substituindo Celso
Amorim. Muitos reclamavam da relação umbilical que o governo do
ex-presidente Lula mantinha com os regimes esquerdistas da região,
liderados pelo venezuelano Hugo Chávez. Dilma escalou Patriota para ter
opções de jogadas pela direita. Deu certo e o Brasil está mais afinado
com o governo norte-americano.
Pela esquerda, Dilma escalou o
ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, que andou sofrendo
alguns ataques da oposição e viu-se obrigado a ficar mais no campo de
defesa. Aos poucos, no entanto, teve papel de destaque no anúncio de
medidas de desoneração para a indústria, na última terça-feira.
O
meio-campo do time de Dilma é clássico. Inspirado pelo antecessor,
elegeu como volante o secretário-geral da Presidência, Gilberto
Carvalho. Discreto, é responsável por proteger a zaga das investidas dos
movimentos sociais e dar saída de bola com qualidade. Ao seu lado, com a
camisa oito, o ministro Aloizio Mercadante.
Como meio-campistas
tradicionais — bom santista, odiaria ser comparado ao doutor Sócrates —,
o titular da Educação de vez em quando desaparece do jogo. Adora que
toquem a bola para ele, no pé, e reclama quando a jogada não sai como
deseja. Não era do time titular de Dilma nem do de Lula, embora o antigo
técnico tenha sido o responsável pela sua contratação. Mas se destacou
nos treinos, enquadrou-se no padrão "espancadora de projetos" da
presidente e conquistou um lugar entre os 11.
A revelação foi
Garibaldi Alves, da Previdência, comanda uma pasta pouco cobiçada. Nas
últimas semanas, pôs a bola embaixo do braço e foi ao Congresso
trabalhar pela aprovação da Fundação de Previdência Privada do Servidor
Público (Funpresp). Usou o fato de ter sido presidente do Senado,
percorreu os gabinetes e conseguiu marcar um gol que orgulhou a técnica
Dilma, para quem a Funpresp era uma prioridade.
Do outro lado
No
time principal pela atuação para aprovar a Lei Geral da Copa, está o
ministro do Esporte, Aldo Rebelo, típico exemplo de jogador que mudou de
posição ao longo da carreira. Após um começo na lateral esquerda, até
hoje o palmeirense tem uma canhotinha eficiente, quando necessário. Mas,
após a tramitação do Código Florestal no Congresso, encaixou-se na
ponta direita, ao lado de aliados ligados ao setor produtivo rural.
Na
ponta esquerda, aparece o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Dilma e
Lula gostam dele, mas é uma posição perigosa. Afinal, quando as coisas
apertam, o ponta-esquerda sempre é o primeiro a ser substituído. Tem um
estilo de jogo mais livre, solto em todas as posições do ataque. É um
dos poucos que não exerce só a função que lhe compete.
Por fim,
no comando do ataque, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
Responsável por conduzir o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC),
Miriam tem sido muito cobrada pela falta de gols — ou as obras, para ser
literal. Existem pressões pela sua substituição, mas, até o momento,
Dilma mantém a confiança na sua principal atacante.
Da redação do DIARIODENATAL.COM.BR, com informações do Correio Braziliense
Atualizado em 09/04/2012
por Tiago Lima às 11:56
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COLISÃO DE VEÍCULO DEIXA CRIANÇA GRAVEMENTE FERIDA
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Atualizado em 09/04/2012
por Tiago Lima às 11:55
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